Pedro Simon se valeu de sua adesão e fé aos preceitos de São Francisco de Assis em contraste com a furibunda moral do Senado e tentou costurar uma emenda na reforma eleitoral para 2010. Exigir do candidato idoneidade moral, que o define como pessoa íntegra, imaculada, incorrupta que, no agir, não ofende os princípios éticos em dado lugar e época. Simon pecou pelo exagero. Imaculado é o inocente de qualquer aleivosia moral, seja traição, trapaça ou calúnia – a linguagem corrente da Câmara Alta, que não se expressa de outra maneira. Incorrupto? Se o ser humano coça a cabeça quando lhe contraofertam apenas metade do que está exigindo de propina. Irrepreensível na sua conduta só a Virgem Maria, já que até Jesus Cristo perdeu a paciência e chicoteou os vendilhões adoradores do mercado. Mas se ética engloba moral, caráter, comportamento e a cultura local, como empreender a revolução de costumes? Se a delação premiada pode implicar em morte da testemunha ou guindar Roberto Jefferson ao posto de herói do mensalão.
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