Os fanáticos adoradores das leis do mercado se comportaram como crentes, muçulmanos ou judeus ortodoxos – a fé pela sua religião. Até a Rainha da Inglaterra se escandalizou com a cegueira dos economistas em não vislumbrar a possibilidade da crise financeira internacional que quebrou a economia de mercado. Nos anos de ouro pós-comunismo, os economistas acreditavam que a lei da oferta e da procura resolveria todos os problemas do mundo e a globalização traria fartura. Bastava ser eficiente para vencer depressões, retrocessos, fracassos e quedas nas cotações dos valores intrínsecos de qualquer mercadoria, aí incluído o ser humano, que não raro se vende por qualquer mixaria. A democracia pode ser boa, mas o capitalismo é mau que nem pica-pau.