Não é só a passagem de ônibus que está em jogo. O que se nota é aderentes pegarem uma carona no movimento para veicular sua insatisfação contra quem está no poder federal ou estadual, enfim, contra a política atual, de modo que isso atinja Brasília e seus antros de corrupção. O que é muito justo e faz parte da democracia. Mas alguns são agentes infiltrados, filhotes nostálgicos da ditadura, aproveitando a onda para botar pra fora tudo que está entalado e encher a empada de candidatos que não têm nada a ver com a mentalidade dos jovens rebeldes. A estratégia é usar os estudantes como massa de manobra e contaminar o clima das eleições antecipadas com esse radicalismo diante de um povo que não quer mudar de posição. Só se atingido no bolso se a economia vier a sofrer impacto decorrente de quebra-quebra, da recuperação econômica dos EUA valorizando o dólar ou simplesmente não conseguir crescer. O maquiavelismo é tocar fogo em Roma ao se aliar com jovens que pretendem transformar “o Haiti é aqui” numa Turquia. O primordial é tirar do poder quem eles querem. Para, em seguida, prender esses baderneiros.