Os fantasmas que me assombram
Estão vivos dentro de mim
Tipo aquela sombra no fim
De todo arrependimento
Eu falo com eles
Pelo menos tento
Mas eles têm vontade própria
Não desencarnaram do meu corpo
Os fantasmas estrangeiros
Não ficam aqui o tempo inteiro
Já os vivos em mim sim
Eles me amam
E não sei como lidar com eles
Apenas tateio, meio sem freio
Mesmo sem conseguir tocá-los
Eles me são caros
E eu não os comprei
Nasceram comigo
São inimigos
Que transformei em amigos
Para tentar ter controle
Doce ilusão
Eles não são fantoches
Pra minhas mãos
Eu é que ouço suas vozes
Às vezes altas demais
Os fantasmas que me assombram
Estão vivos dentro de mim
Tipo aquela sombra no fim
Daquele erro recorrente
Embora eu diga que daqui pra frente
Tudo vai ser diferente
Eles fazem bullying comigo
Que nem os amigos de infância
Os fantasmas são como crianças
Que querem nossa atenção
Pegam em nossas mãos
E nos mostram o caminho
Não sem antes fazer manha
Tamanhas são suas vontades
Os fantasmas que me assombram
Estão vivos dentro de mim
Não é a morte o nosso fim
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