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OS FICHAS SUJAS SE DÃO BEM COM O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Vai para a ficha do juiz supremo Luiz Fux a humilhação que impôs a uma mobilização social sem precedentes que criou a Lei da Ficha Limpa, resgatando do ostracismo Jáder Barbalho e outros de sua estirpe, com seu voto que reflete um apagão em sua carreira exaltada por ser um brilhante prolator de sentenças, primeiro colocado em concurso, douto professor e blá-blá-blá. Quando o que estava em questão era estabelecer um padrão de honestidade maior, à semelhança do que se exige nos concursos para juízes, quanto à ausência de condenação. Os aspectos morais da Lei da Ficha Limpa sucumbiram à tecnicalidade jurídica, frustrando os anseios da quase totalidade da população brasileira. No afã de garantir estabilidade às regras eleitorais e não ferir os direitos individuais de candidatos que, aproximando a lente, constituem a banda podre da classe política, Fux amarelou perante a tradição que vigora nos seus ilustres colegas e mandou a moralidade esperar até 2012 para entrar em campo. Depois não entendem o que Sarney faz para sempre se reeleger a presidente do Senado. Fux chorou de emoção em sua posse, mas captou muito bem a realidade que impera no Poder em que  recém-ingressou. Se tivesse declarado seu voto ao ser convidado para o Supremo Tribunal Federal, seria barrado no baile, pois interpretariam como fidelidade ao Partido dos Fichas Sujas.

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Antonio Carlos Gaio:
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