Mubarak pôs sua corriola nas ruas para reprimir o povo fatigado com a ditadura. Dentre agentes e outros pagos a 50 reais a diária, o que chamou a atenção foi a tropa de choque montada em camelos e cavalos para abalroar a multidão, munidos do que o muçulmano mais aprecia para castigar: a chibata. Os opositores revidaram com o que os islâmicos adoram fazer com adúlteras: o apedrejamento. Deflagrando uma batalha campal na qual jornalistas estrangeiros foram intimidados a não filmar ou tirar fotos das sacadas dos hotéis onde estão hospedados. Até para não descobrir atiradores de elite postados no alto de prédios, esperando o aviso para começar a atirar contra a população desarmada. Como pensar em democracia se, dentre sheiks, reis, aiatolás, emires, sultões, califas e ditadores que aplicam a Lei do Islã, todos desejam se estender no poder e passá-lo para os seus filhos?