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OS HOMENS TEMEM AS MULHERES CELTAS

As mulheres de origem celta meteriam medo no homem de hoje.
Foram criadas dentro do mesmo espírito de liberdade que os homens, podendo escolher seus parceiros e nunca serem forçadas a uma relação que não desejavam. Junto do homem que amasse, enquanto houvesse companheirismo e amizade, bem como uma incessante atração.
Jamais permitir que homem algum a escravize: os celtas nasceram livres para amar, e não para se tornarem escravos. Em hipótese alguma, o seu coração pode sofrer em nome do amor. Se amar é uma torrente de paixão com infinitas possibilidades para desaguar no rio da felicidade, para que sofrer? Por que verter lágrimas por um desalmado que tirou sua vontade de sorrir?
Não admitir que homem nenhum cerceie o uso de seu corpo. Se o corpo é a moradia do espírito, para que mantê-lo aprisionado e fiel a um temerário gestor, se precisa de liberdade para crescer e evoluir?
A quem serve deixar-se ficar horas e horas esperando, se ele nunca virá? Promessas se vão com o vento! O seu precioso tempo de vida não pode ser desperdiçado com um desmiolado que nunca está disponível para te reservar atenção. Como ele pode voltar, se nunca esteve presente?
As noites costumam ser vadias, mas impeça que o seu nome seja sussurrado em vão por um homem cujo nome você esqueceu tão logo lhe foi apresentado. Quem é esse que passou a gritar em seus ouvidos? Amor é o único ser que fala mais alto!
Acautele-se contra paixões desenfreadas que a retirem de um mundo real e a transportem para outro que nunca existiu; em que outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-a mergulhar num grande pesadelo.
Um despropósito uma mulher apresentar-se linda e maravilhosa para quem não tem olhos para admirá-la. Detenha seus pés se caminham em direção a um homem que só vive fugindo de ti e não te quer. Não sinta remorso se o ciúme e o ressentimento, numa tentativa de se apropriar de seu destino, quiserem tirar o brilho dos seus olhos e lançá-la à solidão e ao abandono, como vingança de seu livre-arbítrio. Não ceda e não desanime!
Desconte-se um pouco da lenda e credite-se muito ao espírito da mulher celta, que não morreu e assombra o homem contemporâneo, 26 séculos depois.

Antonio Carlos Gaio:
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