Líbia: Hana, a filha de Kadafi, dada como morta no bombardeio à Líbia efetuado pelos americanos em 1986, retaliado pelo monstro explodindo um avião da Pan Am sobre o céu da Escócia, matando 277 passageiros, reapareceu recém-formada em Medicina, mandando e desmandando no maior hospital do país, a ponto de ordenar que deixassem os rebeldes feridos morrerem, não fazendo transfusões de sangue. Síria: a polícia secreta do ditador Bashar al-Assad quebrou as duas mãos de Ali Ferzat, o cartunista mais famoso do país, além de espancá-lo brutalmente e confiscar-lhe o material de desenho, só porque fez uma charge de Kadafi oferecendo uma carona a Bashar numa estrada deserta. A insinuação de ambos irem rumo ao inferno é intolerável para quem está acostumado a mandar e desmandar sobre o destino de seu povo e se julga eterno. Já que toda estrada tem um fim e não somos poupados das dores ao final, mortos pelo cansaço e por não termos mais balas na agulha. Por isso o ser humano abusa, aproveitando o quanto pode, enquanto a maré ajuda. Ele lá quer saber o que existe depois da linha do horizonte! E Alá não tem nada a ver com pregações que morrem no deserto.