Nos Estados Unidos, o considerado paraíso da democracia e da justiça, os alunos de escolas públicas podem ter o seu aprendizado afetado por leis que limitam o que os professores devem ensinar sobre raça, gênero e até a história do país – o que Bolsonaro tentou implantar no Brasil, mas sua ignorância assustou os autores do projeto das trevas. A polarização ideológica que tomou conta dos EUA nas últimas eleições chegou com força total no ambiente escolar e restrições conhecidas como lei das mordaças. Estão oferecendo recompensa de 500 dólares para denunciar professores que ousem abordar o racismo e o sexismo, limitando a ação do LGBT+, e tudo que seja considerado inadequado ou inapropriado para o desenvolvimento dos alunos. É claro que a intenção é esvaziar a influência de movimentos de esquerda, que procuram situar no centro da compreensão americana o poder do racismo estrutural e do sexismo (inimigo feroz do feminismo e do movimento Me Too contra o assédio sexual e a consequente agressão). Na Carolina do Sul, não será possível a mais leve menção à homossexualidade nem à linguagem não binária. Quando o mundo se encaminha para uma sociedade mais inclusiva e justa, não cabendo retroceder em retaliação e pôr em risco o sagrado ofício dos professores, cortando sua autonomia dentro das salas de aula. Mesmo que a Teoria Racial Crítica seja incluída no currículo escolar para que os estudantes branquelos revejam de uma vez por todas no que consistiu a escravidão e os seus efeitos danosos até hoje.
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