Vencida a lentidão com que o Datafolha reconheceu que Serra está indo para a cucuia, a vez agora é dos aliados traidores, furiosos com a dupla personalidade de Serra de ser ou não ser Lula e sua mania em querer decidir tudo sozinho, culminando nos erros crassos de marketing em sua campanha – apesar de declarar-se mais preparado que a Dilma. Roberto Jefferson o acusa de ser responsável pela dispersão dos aliados, a começar pelo próprio PSDB. O tucano Arthur Virgílio se desgarra do Serra e se declara independente no Amazonas fechado com Lula, no afã de tentar se reeleger senador em nome da ética. Cesar Maia, além de omitir Serra em sua propaganda na TV, também não exibe o nome de seu partido, pelo fato do DEM estar associado ao mensalão do Arruda, Roriz e companhia. Todos se merecem no pleno gozo do uso oportunista da imagem de Lula ou pedindo voto aos petistas ou convenientemente se esquecendo de sua legenda. Dilma vai se transformando no fenômeno pré-eleitoral, respaldada pelo sucesso econômico e social do governo Lula. O resto é perfumaria.