Os reais donos do poder ficaram satisfeitos com a manutenção do poder nas mãos do Temer em mais uma eleição indireta comprando-se votos dos deputados com verba pública ou dinheiro do contribuinte (a primeira transação foi no impeachment de Dilma, capitaneada por Eduardo Cunha). Quando no julgamento do mensalão se fez justiça seletiva para punir a mesada dada ao parlamentar que votasse com as propostas de governo petista, baseado em provas tão pobres quanto a falsa indignação da elite branca eleitora do Aécio, que foi para as ruas de verde-amarelo contra a corrupção, em 2015, para depois imergir calada e envergonhada num mar de lama produzido pelo próprio Aécio, à medida que, finalmente, seus inúmeros crimes financeiros e negociatas foram emergindo. Temer foi pego com uma mala contendo 500 mil reais através de seu preposto e deputado federal Rocha Loures, pagos pelo Mister Joesley Friboi e o que fica na memória, repetida mil vezes pela mídia, tal como Hitler não se cansava de reproduzir suas mentiras, é a Dilma ser responsável pela crise econômica desencadeada a partir de 2015, os milhões de desempregados em consequência e a corrupção revelada na Operação Lava-Jato. Frequentemente, abafa-se o golpe tramado pela quadrilha de Aécio, Eduardo Cunha e Temer para castigar o lombo da Dilma com as tais pedaladas, que poderiam tirar qualquer presidente do poder (lei hoje extinta), encobrindo o verdadeiro desejo de expurgar o PT e suas políticas de inclusão, enterrando-as, se possível na África. Os reais donos do poder ficariam mais satisfeitos se o poder passasse às mãos do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia, mais fácil de ser manipulado do que enfrentar as quadrilhas do PMDB, mesmo porque seu partido (DEM) sempre foi afinado com a elite e com a ditadura (ex-PFL), seu fiel depositário. Mas a opção Rodrigo Maia era perigosa porque, caso resultasse em fracasso rotundo como o Temer, a aproximava dos petistas e das Eleições Diretas, Já!, facilitando a Lula, que já avança nas pesquisas na dependência do Poder Judiciário executar a sua parte no complô organizado para impedir o grande líder das massas de alcançar novamente o poder. Portanto, Temer era mais seguro para a estabilidade do país na visão hegemônica dos reais donos do poder, de modo a retirar os direitos sociais do trabalhador, conquistados a duras penas, e fazê-lo trabalhar e morrer antes de se aposentar, enquanto as dívidas tributárias e previdenciárias dos maiores sonegadores são perdoadas e os prazos de financiamento do agronegócio estendidos ad eternum, moldando um país sempre em déficit para arrancar mais vantagens transferindo a renda do fator trabalho para o capital pesado, imobilista, especulativo, que só lucra e não se preocupa em empregar.
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