Segundo o Greenpeace, a turma do desmatamento impôs a sua versão na aprovação do Código Florestal. O senador petista Jorge Viana, relator do texto, trocou Chico Mendes como alvo de suas atenções no Acre, onde ambos nasceram, pela distinta senhora e senadora Kátia Abreu, que representa muito mais os interesses dos ruralistas do que os por onde foi eleita (Tocantins). Jorge disputa o prêmio Motosserra de Ouro com o outro relator, Luiz Henrique, senador catarinense que não vê o menor problema em desmatar as margens dos rios e facilitar as inundações, e que ainda se dá ao desplante de se dirigir aos jovens manifestantes ambientalistas com palavras de Jesus: Perdoai-vos, Senhor, eles não sabem o que fazem! O que impressiona é que os ruralistas, fazendeiros, pecuaristas, agricultores de grande porte, confederados ou que denominação vierem a inventar, sempre são os vencedores nas contendas envolvendo domínios fundiários desde que os portugueses criaram as capitanias hereditárias. No entanto, cabe prevenir ao herege Luiz Henrique que Cristo em espírito é incansável em alertar que não poderemos levar conosco na grande partida terras e posses havidas a qualquer preço. Ingressaremos nus na nova morada, pouco adiantando botar a mão no bolso. Será que Luiz Henrique desconhece quanto à inutilidade de lá invocar que não sabia o que estava fazendo?