De tanto os tucanos quererem desestabilizar o início do governo Dilma com CPI, acabaram ajudando a presidente a se libertar da sombra de Palocci, calando a boca de quem dizia ela precisar de um primeiro-ministro para governar ou do Lula para tutelá-la. Agora temos uma troica no poder: Dilma, Gleisi Hoffmman na chefia da Casa Civil e Ideli Salvatti nas Relações Institucionais com o Congresso. Cumprindo promessa de campanha de mulheres no poder! Mas não adianta que os machões se incomodam com as mulheres virem progressivamente ocupando seu lugar: associam Ideli à cara da Dilma em matéria de rispidez no trato e na forma agressiva de trabalhar, despreparadas que são para assimilar as manhas e idiossincrasias dos políticos. Nem a Gleisi, que é uma paranaense bem apanhada, se livra de ouvir que é esquentadinha. Mas Ideli, não. É brigona, arrogante e temperamental, porém, de uma fidelidade canina aos governos petistas. Quando Lula subiu ao pódio, era considerado inculto e bêbado pela oposição e pela mídia, não se encontrando à altura do cargo que ocupava, além de manipulado por José Dirceu. Posteriormente, tornou-se uma raposa imbatível e um expert em política ao não mais se poder negar os altos níveis de aprovação de seu governo. Hoje, reclamam de Dilma não sair do gabinete e respeitar o horário de expediente. Querem-na exposta e não blindada, embora sentassem o sarrafo em Lula por pouco trabalhar e preferir o palanque com seus discursos de improviso provocativos, assim como viajar para os países companheiros. Vamos dar unidade aos queixumes para não cair no ridículo? Não que seja necessário memória de elefante para não parecer um gagá incoerente, mas, se pesar a mão na falta de experiência administrativa ou política para lidar com os problemas brasileiros, irão transparecer preconceito contra a troica Dilma, Gleisi e Ideli. O homem não é insubstituível.