Em 1536, Pero de Góis foi um dos pioneiros na tentativa de plantar cana-de-açúcar no Brasil, às margens do rio Itabapoana, na divisa do Rio de Janeiro com Espírito Santo, utilizando-se da mão de obra dos índios goitacases, os verdadeiros donos da terra, com quem estabeleceu uma relação amigável. O projeto começou a dar para trás quando viajou a Portugal em busca de mais recursos, suscitando um aventureiro a sequestrar um dos morubixabas para obter um resgate, sob a ameaça de entregá-lo a uma tribo rival. De retorno à colônia, Pero de Góis não acreditou no que viu: os índios em guerra pondo os colonos para correr. Perdeu um olho na batalha e teve que desistir do projeto. No entanto, comprovou ter uma visão apurada. Aquela região iria se tornar, de fato, um polo de riqueza produtor de açúcar. Como grande empreendedor, semeou com sua iniciativa para outros colherem posteriormente. Há quem não saiba esperar e precipita os acontecimentos, morrendo próximo da fonte, sem beber daquela água.
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