Desde os atentados de 11 de Setembro, os EUA procuram comprar o Paquistão com bilhões de dólares desovados em ajuda militar e econômica com o objetivo de usá-lo para conter a al-Qaeda e a ameaça terrorista talibã no Afeganistão. Por se tratar do único país islâmico detentor de bomba atômica e com uma população de forte sentimento antiamericano, o terrorismo passou a ser visto como excelente negócio tendo em vista que os militares paquistaneses e seu braço de inteligência, o serviço secreto ISI – que são quem manda no Paquistão -, mantêm estreitas ligações com milícias talibãs e grupos terroristas como o Lashkar-e-Taiba, responsável pelos atentados em Bombaim em 2008. O que não os impediu de, só no ano passado, executar 1.200 civis e mais de 3 mil militares paquistaneses em atentados suicidas de homens-bomba, na sua maioria. O que não dava motivo para Osama bin Laden pensar que tudo estava na santa paz de Alá em Abobottabad, a poucas centenas de metros da academia que abriga a elite militar do país. O que deu certeza a Obama de não informar ao presidente Zardari sobre a operação de caça a Osama em seu território. Ao preço de 25 milhões de dólares o custo da informação (segundo Ivan Sant’Anna, escritor e especialista em desvendar conspirações), e mais barato do que, no mesmo Paquistão, a captura por agentes americanos de Ramzi Ahmed Yousef, em 1995, autor da explosão no World Trade Center, e de Khalid Sheik Mohammed, em 2003, o planejador do 11 de Setembro – 2 milhões, cada.
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