Decisão da Justiça não se discute, cumpre-se. Imagine se o Jornal duGAIO vai respeitar essa ordem! Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal pisou na bola! Já tinham deixado à solta o hidrófobo do Collor. Não é que Palocci se livrou da acusação de quebra de sigilo bancário do caseiro! Quando tinha evidentíssimo interesse na divulgação dos 38,8 mil reais que apareceram na conta de Francenildo, supostamente gratificado pela oposição quando ele denunciou a chamada República de Ribeirão Preto. O depósito altamente suspeito teria sido feito pelo pai do caseiro, distante dos altos e baixos de um filho que ganhava 400 contos por mês. Durante a armação da quebra de sigilo, o intenso contato telefônico de Palocci com o seu assessor de imprensa e o ex-presidente da Caixa Econômica, além do extrato divulgado na mídia, constituem indícios suficientes para justificar a abertura de processo. O fato é que um homem do povo teve a coragem de, em foro público, numa CPI, revelar o desvio grave de comportamento de um ministro da Fazenda que, ainda por cima, compõe os altos quadros do Partido dos Trabalhadores. Contudo, num país em que o Supremo Tribunal Federal absolveu Collor e o povo está fechadinho com Lula, a despeito do mensalão e dos aloprados, invadir a conta bancária de quem anda na corda bamba merece o perdão. Ao caseiro, restou arder na fogueira da mentira em que a Justiça se consome, quando afirma julgar dentro da boa técnica jurídica. Os julgamentos espetaculosos obedecem à excelência da arte de fazer política. Principalmente se observados no conjunto da obra.