A Alemanha funciona assim. O regime nazista cometeu um genocídio de 6 milhões de judeus. Para não ser pendurado numa forca, o todo-poderoso Hitler se suicidou. Terríveis anos de consciência pesada transformaram em crime negar o Holocausto e fazer apologia do nazismo, até para recuperar sua culpa perante o planeta. Angela Merkel, a manda-chuva alemã, chamou às falas o papa alemão: por que suspendeu a excomunhão do bispo simpático ao nazismo? Por conhecer muito bem o que uma Alemanha pode fazer, Bento XVI exigiu que o religioso se enquadrasse e se retratasse perante as comunidades judaicas. Ou seja, perante Cristo, negasse o que pensa a respeito do que Israel faz com os palestinos. Se não o fizer, Bento XVI contrariará o espírito cristão e revogará o perdão do bispo que só enxerga o que quer ver. Vê-se que Bento XVI não tem o costume de consultar o Google, pois desconhecia o passado funesto do clérigo que não crê em ecumenismo. Cuidado, Alemanha, para não deslustrar a trajetória do papa polonês, o João de Deus, e a sua missão em alçar o Vaticano como uma referência dentre instituições que professam a liberdade religiosa.
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