O Papa Francisco demonstrou que resolveu atacar o problema mais grave da Igreja pela porta da frente. Um jovem andaluz denunciou em carta ao Papa ter sofrido abusos sexuais constantes entre 13 e 18 anos – quando era coroinha de uma paróquia de Granada – por padres de um grupo ultraconservador conhecido como Romanones, que o convenceram a seguir sua vocação, participando muito mais da vida entre eles e deixando pouco a pouco sua família. O Papa Francisco telefonou pessoalmente para a vítima a fim de pedir perdão em nome da Igreja e oferecer apoio espiritual, além de incentivá-lo a levar o caso à Justiça, bem como convidá-lo a participar de comissão do Vaticano que está investigando casos de pedofilia na Igreja. É uma chaga dolorosíssima para a Igreja Católica tornar público que padres respeitados de sua paróquia, ainda mais ultraconservadores em relação às tradições episcopais, transformaram um coroinha em garoto de programa a seu servir.