O Supremo Tribunal deu uma força à impunidade reinante, ao estabelecer que réus condenados à prisão somente poderão ser privados da liberdade quando não houver mais possibilidade de recursos. Com a morosidade de nossa Justiça, é o estímulo escarrado, na nossa cara, à indústria de recursos, que permite ao réu confesso alimentar a esperança de não passar um dia sequer na cadeia. Uma decisão corporativista, que só beneficia a egrégia classe, a dos magníficos advogados, capazes de manter a causa em aberto por tempo indeterminado. Só irá beneficiar os daniel dantas da vida, que podem gastar a rodo com distintos causídicos. Não se sabe quem granjeia mais antipatia por perseguir a contramão da História, se o Supremo Tribunal Federal ou o Papa Bento XVI, teimando em enterrar o Holocausto.