Caminho na praia e deixo minhas pegadas na areia, marcas indeléveis no caminho da vida. Muitas vezes profundas, doloridas, por vezes suaves e sutis. Mas as marcas estão lá, como prova do que passei. Pé ante pé, cada vez com mais dedos. Assim vou chegando a meu destino. Ninguém pode alcançá-lo por mim. Só eu posso pisar. Dois corpos nunca ocupam o mesmo lugar.
Eu às vezes perco o sono, brigo e choro por causa da areia à frente, e das pegadas atrás, por causa dos pés a meu lado. Não importa. Um dia a onda vai me apagar.
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