Respostas para suas dúvidas você encontrará dentro de sua própria alma. Não as procure fora, pois a solução provém da necessidade de investigar o que ocorre no seu âmago para deixá-lo impregnado de insatisfação e incapaz de pôr um termo num estado de coisas que o paralisam. Sei que voltar-se para um reexame de sua consciência é penoso e tende a oferecer resistência. Como acusar a si próprio, se obrigado, ao mesmo tempo, a se defender, sob pena de atingi-lo na sua auto-estima e ser desvalorizado, a ponto de não se julgar suficientemente forte e fazê-lo desistir de buscar soluções? Mas quando os problemas se avolumam, você não tem outra saída. Recua, abandonando o orgulho e abrindo espaço para derrubar com um peteleco cada obstáculo aparentemente irremovível, acordando-o da letargia em que imergira. Você se despetala para que possa emergir um botão de flor que não mais será comido por ervas daninhas. Finalmente você saiu do seu casulo e perdeu o medo de voar para bem longe, em outras paragens que não estranham dar asas à imaginação. Onde não existe tesoura para cortar as asas e dar um formato para você se encaixar. Não duvide disso pois, se duvidar, manter-se-á acorrentado aos grilhões de sua fértil imaginação, que bem pode ser obra de uma fantasia mentirosa e sombria, a serviço de derrotá-lo e prostrá-lo com caraminholas.