Como uma ostra do mar
Vivo num constante abrir e fechar
Das conchas que eu mesma produzi
Para me proteger
Quando me fecho para escrever
Não é por tristeza, é natureza
Absorvo objetos intrusos
Dos predadores da vida
E entro em processo de alquimia
Com minha poesia colorida
É assim que nascem as pérolas
Da ostra requintada que eu sou
Meu gosto não é pra qualquer um
Nem todos têm acesso
Meu objetivo não é sucesso
Embora ele seja preciso
Para cumprir meu compromisso
De viver de tudo isso
Popularizar a arte da concha
Multiplicar o alimento ostra
Distribuir pérolas a todos
E não chamá-los de porcos
Este é o meu negócio