Lula tem sido alvo de perseguição a tal ponto que foi obrigado a contratar o criminalista Nilo Batista para defendê-lo. Não se trata de defender-se da mídia, que deseja antecipadamente torpedear sua candidatura para 2018. E sim, num cenário de criminalização ampla, geral e irrestrita da política, cabe defender-se da linha de acusação seguida pelos advogados que representam os delinquentes delatores, muito embora não tenham tido coragem para qualquer tipo de acusação frontal contra o ex-presidente Lula. Ninguém está acima da lei, mas o desvio do fulcro da operação Zelotes de grandes sonegadores como milionários e nobres jornalistas para investigar o filho de Lula coloca a Polícia Federal sob suspeita de instrumentalizar-se como polícia política, por não levar à frente a investigação de políticos que, em seu juízo, resolveriam o problema de corrupção no Brasil. Como FHC e Aécio Neves, cujos ilícitos só merecem notas de rodapé nos jornais, prontamente rebatidos no dia seguinte com vazamentos seletivos do Ministério Público e da Polícia Federal ou com notícias requentadas da comprometida imprensa. Só Lula tem sido convocado a prestar informações pelos órgãos de repressão, em nível de presidente ou candidato a presidente de relevância, pondo lenha na fogueira de que há riscos de ser preso. No seu primeiro mandato, Lula era considerado pela elite como ignorante ou apedeuta (Carlos Vereza) e bêbado (João Ubaldo). No segundo, raposa, por driblar o mensalão e ter ascendido o Brasil a uma posição de respeito por seu combate à miséria e à fome. Sucedido por Dilma, rebaixado a chefe de uma quadrilha. E se vier a ganhar em 2018, vão dizer o quê?
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