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“PIXINGUINHA – UM HOMEM CARINHOSO”

Pixinguinha, o filme. Ele nasceu em 23 de abril de 1897, dia de São Jorge, e morreu do coração em 17 de fevereiro de 1973, na Igreja da Nossa Senhora da Paz, quando iria ser padrinho de batismo de seu neto, um ano após sua amada esposa Betí falecer – sua fiel companheira com quem esteve junto até a última respiração da artista, em brilhante desempenho de Taís Araújo. Era sábado de Carnaval, o bloco Banda de Ipanema se dirigiu para a frente da igreja e não parou de tocar “Carinhoso”, o choro mais famoso de Pixinguinha. A marca da direção de Denise Saraceni, um filme muito sentimental que nos leva às lágrimas, visto que Pixinguinha era, acima de tudo, um homem bom, um gentleman, e indubitavelmente gentil com todos. Mais um filme do versátil e brilhante Seu Jorge, como Pixinguinha e Marighella, dessa vez como o maestro e arranjador que impressionava por seu talento na flauta, saxofone e incríveis composições que deram novos ares à música brasileira, tornando-o conhecido como o “pai da MPB”. Um festival de músicas inesquecíveis de nosso cancioneiro popular desde 1916 pari passu com a trajetória exemplar desse grande e exemplar espírito de Pixinguinha.

Antonio Carlos Gaio:
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