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POR ONDE COMEÇAR NA ESPIRITUALIDADE?

“De que nos vale admitir que somos imortais e que vivenciamos um sem-número de existências no corpo perecível, se não damos ao conhecimento que possuímos nesse sentido um significado mais transcendente?” – palavras de Chico Xavier.
Se não enxergarmos que não podemos ficar restritos aos limites do cotidiano, ao círculo vicioso do material e não extrapolarmos apenas através de nossa imaginação, não daremos ao conhecimento um significado mais transcendental para descobrir que existe uma vida espiritual, mais importante do que a terrena e outras vidas físicas que nos antecederam.
Primeiro há que realizar inovações no seu próprio interior para quebrar paradigmas levantados com concreto armado e parar de pensar nas grandes coisas para justificar se a vida faz sentido, pois são poucos os voluntários disponíveis para as tarefas consideradas menores.
Parar de se debater angustiadamente atrás de paz para sua dor, quando um dia você celebrará essa dor inaudita, para a qual pediu trégua, graças ao coração forte suportar tudo para dominá-la.
Jung nos esclarece que sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.
E, para isso, o olhar tem que transcender, vencer barreiras levantadas pelos que querem retardar a evolução com uma lógica apurada que nos faz parar para pensar. Quando temos de avançar sobre o desconhecido não resguardado por parâmetros que funcionam como bússolas, como se o planeta tivesse sido desbravado com segurança absoluta. Os exploradores entravam em contato com outros povos, considerados primitivos por serem pagãos, cujo valor usualmente mais alto era o culto à alma (ao espírito) e à reencarnação. Mas é a dor que nos dizima, para fazer face à irreversibilidade da morte, que nos obriga a transcender, senão empobrecemos nossa existência e a leitura que dela fazemos. Por onde começar, eis a questão.

Antonio Carlos Gaio:
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