Por que o avião da Air France sumiu do mapa? Implodido, em pane, congelado no ar ou em mergulho ao fundo do abismo nas profundezas do oceano, que diferença faz? Se não há sentido para 231 vidas serem ceifadas como num passe de mágica. Por que um menino de 11 anos, encaminhado para ser educado na Inglaterra pelos pais estrangeiros que moram e ficaram no Brasil? Por que um casal em lua de mel, depois de uma recepção de casamento para 500 convidados, no dia anterior? Por que uma mulher perder o esposo de morte natural seguido do filho, que veio assistir ao funeral? Por que, anos a fio, marido e mulher embarcaram em voos diferentes para, se algo acontecesse, os filhos não perderem pai e mãe ao mesmo tempo, e um deles restar, não ficando completamente órfão? Adiantou evitar o mal maior? Não há como negociar um acordo com a Morte, utilizando a lógica da vida para minimizar os malefícios da morte. Com tantos porquês em aberto, com que será que o Mal quis fechar, ao nos reservar essa tragédia?