Primeiro porque ignorou um vírus que não tem contemplação com nenhum ser humano a quem ataca no planeta, passando a ser conhecido como negacionista, por negar a ciência que prescreve o uso de máscara, lavar as mãos ou usar álcool em gel e evitar aglomerações, mantendo o distanciamento. Ao negar, se tornou o verdugo de mais de 422 mil brasileiros, até agora. Sob a motivação de tentar tocar a economia como se nada estivesse acontecendo para não prejudicar o seu governo e sua reeleição. Baseado na teoria falsa e nazistoide da imunidade de rebanho de que, quanto mais infectados houver, o vírus se propaga e um dia acaba se extinguindo ou restringindo sua área de alcance. E dane-se se os hospitais ficarem lotados, faltar balões de oxigênio ou material para intubação, não haver médicos suficientes ou preparados, os doentes serem atendidos em ambulâncias! A salvação consiste em alcançar a imunidade através da vacinação, jamais pela exposição à morte de milhares de cidadãos, especialmente os que são obrigados a se utilizar dos transportes públicos. Ainda mais com um Brasil mergulhado nas trevas da ignorância e no analfabetismo cultural com Bolsonaro, imbuído da pretensão ridícula de declarar guerra à China, quando os chineses respondem pela matéria-prima vital para a fabricação de nossas vacinas Coronavac e Astrazeneca. A civilização milenar não dispara um tiro sequer e apenas retarda a entrega do precioso componente, matando nesse ínterim muitos brasileiros que não puderam se vacinar e ainda jogando a culpa sobre a estupidez do presidente Bolsonaro. Além de fornecer mais subsídios à CPI do Genocídio, em curso no Senado, contribuindo para ele chegar no bagaço na disputa eleitoral diante de Lula. Quem o zé-mané do Bolsonaro pensa que é para enfrentar a China que, em breve, irá superar os Estados Unidos? O que será que aconteceu com os cursos de formação dos militares ao longo de sua carreira? Desde a ditadura (1964-1985) se denotam sinais de degradação na inteligência militar, evidenciados à larga na trupe de Bolsonaro, cujo representante mais expressivo é o general Pazuello. Limitações que se agravam perante a marca ditatorial que Bolsonaro imprime ao seu reinado, ao melhor estilo de “um manda e o outro obedece”, obrigando-os a se recolherem, apesar da ideologia de extrema-direita em comum. Contingente esse no poder, considerado de baixa envergadura e intelectualmente inferior à geração de Castelo Branco, o primeiro ditador do golpe, e somente comparável ao tutano dos que se dedicaram às torturas e execuções, cujo padrão o presidente expressa admiravelmente bem. O espírito genocida que aflorou a partir de 2020, resultante do longo e contínuo aviltamento e apequenamento das perspectivas de instituições militares, ainda pautadas pela mentalidade reinante na ditadura. Em caráter de hibernação, dure enquanto durar, enquanto a democracia não passar por cima como um rolo compressor e mandá-lo de volta à caserna.
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