Por ser dado a reclamar de tudo, qualquer hora é hora pro Ferreira brigar com a mulher. Até que ela se manda, irritada, e some por dias, pois ele sempre se acha com razão. Cheio de razão, ele fica triste, com a pessoa que ama, que lhe dá alegria, que o atura, quando o que ele quer é ser feliz. Com ou sem razão. Não tem sentido ficar brigado com quem sentimos falta. Para que ter razão? Se o gênio de ambos não combina, estão sempre a implicar com o palpite infeliz, um é o burro que se julga esperto e o parceiro, um geninho debilóide, pra que a razão, se um não pode viver sem o outro?