O governador Sérgio Cabral quase morreu no helicóptero que caiu no mar com 7 pessoas entre Porto Seguro e Trancoso, na praia de Itapororoca. Pior, quase perdeu o filho se ele tivesse ido junto na 1ª leva com a namorada. Mas os homens foram cavalheiros e primeiro embarcaram mulheres e crianças. O que por si só já foi uma desgraça. Passeio organizado para ser um ágape no resort do empresário, que também era o piloto e que, sem estar habilitado, acabou sendo o responsável por tirar 6 vidas, sem mais nem menos. O que por si só já foi uma desgraça. O motivo da comemoração em alto estilo se deveu a mais um aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, que encampa o maior número de contratos de obras com o governo estadual, incluídos os sem licitação – dentre eles, o Maracanã e o Arco Rodoviário. Se o helicóptero não tivesse naufragado, a desconfiança de favorecimento nos contratos do Estado com a Delta não teria vindo à tona. O que por si só já é uma desgraça. Jordana, a atual mulher de Fernando Cavendish, foi o último corpo encontrado, depois de seu filho Luca, de 3 anos, e de sua irmã e o sobrinho. Teria sido um castigo dos Céus, caso Sophia, de 8 anos, a filha de Cavendish de outro casamento, não estivesse de viagem marcada para a França e sua mãe não conseguisse mudar o voo, para desgosto do pai, que a queria junto dele nessa data querida. A esposa do governador não quis ir ao malfadado aniversário. O que por si só já foi um aviso. Praga de bombeiro o helicóptero ter afundado e revelado aquilo que muito dificilmente seria descoberto?