Tenho que me proteger do homem pelo qual me apaixonei. Porque eu sou do tipo que me entrego toda. Até às raízes de meu cabelo. E as relações são frágeis, quebradiças, sem consistência, imediatistas, utilitárias, tão distantes do que precisamos que sou obrigada a me proteger! Salvaguardar meu espaço para dar conta de ser integrada com o espírito que nasci. Quem ama nessa dimensão tem que tomar cuidado com o próximo, que se aproxima sem cuidado, com a fragilidade que torna a carência emocional em amor do puro. Do legítimo, de quem se dá deliciosamente por inteiro. Sofrendo as consequências de quem está na mesma viagem que a sua, mas não reconhece. Ou não acredita. E parte, deixando-a só. Por isso, não é paranoia se proteger. Para não sofrer.
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