As presas dos algoritmos
Entram num ritmo
Que é de matar
O tempo
Em atropelamento
Esperando curtidas
Querendo engajar
Expectativa é o que há
Esperança viva
De deslanchar
Ser famoso
Querem vender
Produto, imagem
Serviço, sacanagem
Ou será que é vontade
De se autoafirmar?
Uma carência
De afeto
Pois quem está perto
Não lhe dá
Tantas as variáveis
Comerciais e psicanalíticas
Que até a política
Entrou nessa rede
É um formigueiro
Com sede
E um oceano
Disponível
Só que o sal
É desprezível
Dá ainda mais sede
Entende o que sucede?
Quem vê Facebook
Não mede
Não sabe
Não cabe
O todo
No Instagram acontece
Tudo de novo
Hashtag pra lá
Direciona seu ódio
Notificação pra cá
Subindo ao pódio
Quem chegará
Em primeiro lugar?
Aquele que é bom
Que maneira o tom
Ou quem gera polêmica?
Para que competir
Nesta levada pandêmica?
Somos todos geradores
De conteúdo
Geramos dores
Contém tudo
Dentro de cada um
Inclusive a capacidade
De questionar
De ler e aprender
Se reeducar
Que tal raciocinarmos
Antes de responder
De dizer
Acreditar
E compartilhar?
Por que não esperamos menos
Dos outros
E melhoramos o que temos
Para publicar?
Que tal vivermos mais off-line
The sun is still shining
Mais luz do sol
E menos celular?
Bora tentar?
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