É quando um funcionário público é informado de uma irregularidade, mas retarda sua ação ou deixa de atuar para que ela seja apurada e punida. Foi o que fez Bolsonaro ao ouvir que havia corrupção na compra da vacina indiana Covaxin em março último. Mas se ele próprio estava envolvido, o que fazer? Ficar calado, como está até hoje a respeito. Tal como Pazuello à frente da Saúde, acusado de improbidade administrativa, ao negligenciar na compra de vacinas para atender à determinação genocida de Bolsonaro, ao aumentar a produção e a distribuição de cloroquina para tratamento precoce sem resultado nenhum, ao não suprir de balão de oxigênio no colapso hospitalar em Manaus, ao malbaratar os dados de casos e mortes pela Covid-19. Se Bolsonaro afirma, com alto grau de sordidez, cafajestice e mentira, que existe aí uma vacina que não deu certo (se refere à CoronaVac) e que está esperando aquele cara de São Paulo falar (o governador Dória se manifestar a respeito), prevaricar ou ser improbo é pouco para quem só se preocupa todo dia em veicular notícia falsa, distorcer a realidade e criar onda de boatos através do WhatsApp o dia inteiro, e já disse que ele manda enquanto os outros obedecem. Para, no escândalo da Covaxin, confessar ser impossível saber tudo o que rola nos ministérios. Dentre tantos conchavos, acerto de contas, manobras e rachadinhas. Difícil acompanhar e administrar a central golpista.
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