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PREVISÕES PARA A COPA

Diante do trauma que o país vem sofrendo com as consequências do golpe e da prisão de Lula para impedi-lo de se sagrar presidente do Brasil, o torcedor não se mostra muito animado para apoiar o Brasil na Copa do Mundo, a ser realizada na Rússia. Por sua vez, a Seleção Brasileira vem de outro trauma e maior fracasso em toda a sua história com a goleada de 7×1 sofrida para a Alemanha, na semifinal em outra Copa do Mundo promovida pelo Brasil em 2014 – na anterior, em 1950, o Brasil perdeu a final para o Uruguai por 2 x 1.
Portanto, vamos para a Copa das matrioskas por baixo, humilhados e ridicularizados por alemães e argentinos. Por mais que o Brasil de Tite desminta, jogando bem melhor que em 2014 e tendo cumprido uma ótima campanha nas eliminatórias. Mas jogo é jogo, treino é treino. E como jogador fora de série só temos Neymar, complementado pelo cracaço Marcelo e, com aspirações, Philippe Coutinho. Podemos ter esperança nos reservas Douglas Costa e Willian. Provavelmente sentiremos falta de Daniel Alves na ala direita, não sendo convocado por se contundir nas vésperas. Tite armou um time ao melhor estilo do Corinthians, que dirigiu, para jogar com segurança, bem fechadinho no meio de campo para evitar surpresas lá atrás, e decidir na frente com o nosso talento. Muito parecido com o estilo de 1994, que deu bons resultados, mas sem os mesmos craques.
Dentre os favoritos, a indefectível Alemanha com um time afinadíssimo em todas as linhas, que possui a melhor performance em todas as Copas, à frente do Brasil. A maior esperança é que costuma afinar com equipes inferiores, quando mereceu perder a final em 2014 para a Argentina, que desperdiçou uma inigualável chance de ser campeã do mundo no mesmo Maracanã do Uruguai de 1950. Outra favorita, a Espanha, com time renovado e alto padrão técnico de jogo jogado, vindo igualmente de humilhação no Brasil, quando eliminada pelo Chile e Holanda logo na fase classificatória.
Deve-se ficar de olho nas equipes da França e da Inglaterra, embora costumem amarelar. Guindando jovens valores que estão brilhando nos mais afamados campeonatos europeus, notadamente o inglês, e que podem dar um outro panorama à disputa, se confirmarem o retrospecto. Portugal, o campeão europeu, e Uruguai, correndo por fora, podem surpreender, alcançando as semifinais. Bélgica, sempre exaltada e elogiada, nunca atesta nem dá fé à expectativa – não vai muito longe.
Islândia, a aposta no maior azarão. Está na chave da Argentina, além de Croácia e Nigéria, o grupo mais difícil, seguido pelo do Brasil, que terá de derrotar Suíça, Costa Rica e Sérvia, pela ordem.
E a Argentina? Vem com a mesma base que colheu maus resultados nos últimos quatro anos, tendo sido derrotada pelo Chile por duas vezes na decisão da Copa da América. O mesmo Chile que foi eliminado da Copa do Mundo para ceder lugar ao Peru de Guerrero. Vai ser a quarta Copa do Mundo de Messi, aos 30 anos, único título de relevo ainda não conquistado, numa trajetória que o levará a se empenhar ao máximo, até para poder se igualar a Maradona – apesar de, nas estatísticas, superá-lo.
Previsão existe para se correr o risco e arrasar com a fama dos que se julgam entendidos. Pois se não for assim, não tem graça. Ora, quem está na chuva é para se molhar! A Argentina irá, mais uma vez, dançar o tango de um novo fracasso. A Alemanha irá pagar caro sua soberba e altivez caindo de quatro para um fantasma, que será eliminado na etapa seguinte para seu desespero. A Espanha, com sua técnica apurada, irá se redimir e alcançará a final. Brasil terá mais uma chance de acabar com a cisma da França (1986, 1998 e 2006), depois de se classificar com dificuldade junto com a Suíça. Das cinco Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil, quatro delegações saíram daqui completamente desacreditadas, excetuado em 1962, e mesmo assim o conjunto era considerado velho. Desconfiança essa que se constata na Copa do Mundo que se inicia agora, o que é um retumbante sinal.
Afinal de contas, Deus é brasileiro, e quando Ele nos falta, no futebol, costuma nos compensar regiamente com sua divina e notória preocupação com a preservação de nosso talento. Mesmo que não tenhamos os craques de outrora, mas contrabalançado por um conjunto que tem tudo para subir de produção.
Não só podem como devem me cobrar pela audácia do bofe. Por dar a cara a tapa. E em que vagabundo nenhum vai pôr a mão.

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Antonio Carlos Gaio
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