Foi dada a partida para a Copa do Mundo de 2022 em Catar, escolha já reconhecida como corrupta pelo ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter.
Alguns torcedores não atualizados com o futebol de hoje ficam dizendo que foram convocados 9 atacantes e 4 zagueiros. Atualmente, se joga em mais de uma posição. Fabinho, reserva no meio de campo, é também zagueiro. Danilo, lateral direito titular, é também zagueiro. Militão, zagueiro, é também lateral direito. Marquinho, zagueiro, vem bem de trás, tal como Casemiro. Há que lembrar que são 26 convocados, e não mais 23, e, durante o jogo, 5 reservas podem entrar em campo. Já, ser atacante, não é para qualquer um.
Quanto ao Daniel Alves, é um falso problema, pois ele é reserva e não havia muito que escolher no estrangeiro e no Brasil na posição – Rodinei? O que preocupa é o técnico Tite saber coordenar todas essas peças. A bola está com Tite. Vini (que está ameaçado de ficar no banco de reserva), Rodrigo e Martinelli pedem passagem, ao menos no 2º tempo. O Tite que não ouse repetir o técnico Feola na Suécia, deixando Pelé e Garrinha aguardando sua vez no banco para só entrarem contra a União Soviética.
Quem é o favorito da Copa? França, por ser campeã do mundo, por seu elenco e Mbappé e Benzema no ataque (os dois maiores dianteiros do mundo na atualidade), apesar dos campeões nas últimas décadas terem fracassado quando tentaram conquistar o bi. O Brasil, que vem com 9 atacantes para romper as defesas adversárias, a maior safra dos últimos anos, é também um dos favoritos. A Argentina chega com a moral de ter conquistado a Copa América em 2021, contra o Brasil em pleno Maracanã, a invencibilidade de 35 partidas, de ser a última Copa de Messi e o técnico Scaloni ter montado uma equipe muito difícil de ser batida.
A Holanda não tem mais o mesmo prestígio dos tempos da Laranja Mecânica, quando perdeu a final da Copa para a Alemanha (1974), seguida pela Argentina (1978) e, posteriormente, para a Espanha (2010), além do Brasil (1998), na semifinal. Mas deixou uma escola de futebol respeitável e que sempre proporciona exibições dignas de uma Copa do Mundo. Vale a pena ver de novo.
A Alemanha não é a mesma que enfiou sete no Brasil em 2014, mas sempre um adversário muito difícil e à prova de espionagem. A Bélgica terá que ir além daquela que derrotou o Brasil em 2018. A Dinamarca poderá ocupar seu lugar como uma agradável surpresa. A Inglaterra evoluiu muito graças à organização de seu campeonato, recheado das maiores estrelas internacionais, ser acompanhado pelo mundo inteiro, mas seleção é diferente.
O Brasil pegou a chave de classificação mais difícil e enfrentará logo, na estreia, a mais temida, a Sérvia, quando terá que mostrar de cara suas credenciais com seus 9 atacantes. Seguida pela Suíça (empatamos na Copa anterior) e Camarões. Classificando-se, devemos nos ombrear nas oitavas com Portugal (campeã europeia em 2016 ao vencer a França em Paris) ou Uruguai (todo renovado).
O futebol é um dos poucos esportes que “time pequeno não consegue se criar”. É preciso o país ganhar estatura e encorpar no futebol, criar tradição com a prática, habitualmente vencer e se apresentar bem e, se possível, definir uma escola, seja ela agressiva, como a Laranja Mecânica, ou retranqueira, como já foi o ferrolho suíço, ou que impõe medo e respeito, como a argentina e alemã. Ou que se exija reverência, como a escola de samba do brasileiro.