O vídeo de uma reunião ministerial em 5 de julho de 2022 no Palácio do Planalto descoberto no computador do Coronel Cid, além da minuta de um decreto voltado para uma intervenção militar, como parte de sua delação premiada. Finalmente, foi encontrada a prova de que Bolsonaro e generais asseclas do presidente estavam à frente do golpe tramado para antes ou depois da eleição, frustrado pelas instituições democráticas brasileiras e a vitória de Lula, a despeito do voto maciço em Bolsonaro, comprado pelo Auxílio Brasil (Bolsa Família) e o pacote de benesses votado em ano de eleição pelo Congresso, o que não é permitido, em troca do orçamento secreto que facilitou a liberação de propinas para deputados e senadores, travestidas de verbas para obras em seus currais. O vídeo aborda o “virar a mesa” antes das eleições e a Abin infiltrar arapongas na campanha eleitoral, propostas do inacreditável general Heleno; Braga Netto foi além incitando os militares a não resistir às investidas golpistas, chamando o ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes, de “cagão” e pedindo sua cabeça, como também infernizar a vida e a família do ex-comandante da Aeronáutica (Carlos Baptista Jr.); já o comandante da Marinha (almirante Garnier) queria pôr as tropas nas ruas o quanto antes; o monitoramento do juiz Alexandre de Moraes prenunciava um atentado; desmascarado Anderson Torres ao instigar o golpe e estimular a propagação de informações falsas; e a postura de Bolsonaro como um capitão proscrito do Exército e completo ignorante, a pretender encarnar um ditador, a disparar ordens absurdas e dar esporro em seus inferiores, generais aí incluídos. Mantendo uma velha tradição de quarteladas contra o poder civil na História do Brasil, a barganhar anistias como meio para escapar da Justiça, quando a cilada frustra seus extremistas. Mas estamos muito próximos de encarar o maior julgamento de militares por crimes contra o Estado Democrático de Direito, nunca visto no Brasil, o que bem revela o desespero do general Mourão em convocar, da tribuna do Senado, uma reação nos quartéis e nas ruas, um ano depois dos atos bárbaros de depredação contra os Três Poderes, além de exigir o encaminhamento dos fascistas fardados à justiça dos tribunais militares. No alvorecer do Carnaval de 2024. O mesmo do mesmo de Bolsonaro.