Embora seja forçoso reconhecer um exagero a pena de 22 anos atribuída a Eduardo Azeredo pelo novo procurador Rodrigo Janot, como cabeça do mensalão tucano, por não guardar proporcionalidade no cipoal de sentenças aplicadas no dia a dia do Poder Judiciário e transparecer que tamanho rigor não vicejará, a renúncia ao seu mandato no Congresso é um ardil tucano para abafar a contaminação da corrupção do PSDB na candidatura Aécio Neves, ainda mais depois que se comparou a Lula em matéria de injustiça. Apesar de Aécio ter ressaltado que Azeredo é um homem de bem, termo pra lá de antiquado, o partido preferiu isolá-lo, o que equivale a jogá-lo para os leões famintos que infestam a política e a mídia. Foram com muita sede ao pote no julgamento do mensalão do PT para buscar lã (munição para as eleições) e voltaram tosquiados – atingidos pelos estilhaços da bomba que explodiu no seu colo por abusarem do discurso de leniência com a corrupção.
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