O PSDB não se emenda: não sai de cima do muro. Não se decide pelo golpe em cima do golpe cortando a cabeça do Temer, posição do Globo, que é quem manda, ou se o mantém como presidente. Se segue a cabeça do governador Alckmin, que nunca quis embarcar nessa canoa furada ou se submete aos interesses do senador Aloysio Nunes e outros tucanos que são ministros de Temer, que querem continuar a mamar na boquinha. Ou se os cabeças pretas (parlamentares mais jovens) convencem os tucanos a ter mais dignidade, como se fosse possível, defendendo o arrocho nas leis trabalhistas e a condenar o operário a trabalhos forçados, postergando a aposentadoria em proveito do mercado. Ou se ouve o ex-senador Serra, que é carta fora do baralho. Ou se atende ao prefeito de Manaus, Artur Virgílio, que classificou o discurso de continuar apoiando as reformas fora do governo como um ato de covardia, além de abrir espaço para o impedimento de Temer. Ou se desembarcam como ratos ao pressentir o naufrágio, conforme apregoam os senadores Jereissati, presidente interino da legenda, e Cássio Cunha Lima, já com receio do avanço do voto lulista no Nordeste. Ou se lançam no lixo a consultoria de Aécio quanto ao tema, depois do mineirinho detonar a imagem e reputação do partido com propinas a rodo em sua conta bancária oriundas do bolso do Friboi Joesley. Para dar a última palavra na reunião de caciques do PSDB em São Paulo, para a qual só foi convidado quem tem bala na agulha e melhor representar o mercado, o escorregadio e capcioso FHC, que não quis saber de um encontro com Temer para discutir a crise pois estava de partida para a temporada de verão na Europa.
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