“Odeio quem guarda rancor!”, esbravejei. Pausa. “Mas essa frase é contraditória…”, pensei. Como podemos criticar o ódio alheio odiando? É o mesmo que eu reclamar dos tantos fulanos, os ditos intelectuais, com seus ataques de purismo, criticando os erros alheios. Se não curto o rigor crítico do outro, quem sou eu para criticar também? No fundo, somos todos farinha do mesmo saco. E saco furado. Por aí a vazar suas incongruências pretensiosamente maquiadas com pseudossabedoria…