Finalmente, o PSOL, através do candidato a governador de São Paulo (Maringoni), descobre o óbvio: o inimigo a ser combatido não é o PT e sim a velha direita personificada no antipetismo. Por mais que o PT tenha abandonado a postura de PT xiita – que hoje é personificada no PSOL. O PSOL deveria ter mais pudor ao se deixar flagrar em fotos no Congresso junto de Agripino, Álvaro Dias, Aécio, Roberto Freire, Caiado, só porque ambos os lados antagônicos combatem a corrupção sem trégua, quando se sabe que PSDB, o ex-PFL e PPS são corruptos, no mínimo, desde FHC. Ainda mais o PSOL, que se obriga a zelar pelo purismo do pensamento de esquerda, como tanto gosta de reafirmar. Não devia se misturar com antilulistas que adoram aliciar segmentos da esquerda – como foi o caso do Gabeira e a quem o PSOL poupa de um revisionismo crítico. Dá uma péssima impressão de aliança com direitistas, reacionários, apologistas das leis do mercado e do já famoso tripé econômico, gente da pior espécie para os pissolistas, o que só reforça a imagem altamente sagaz que Brizola cunhou sobre o PT (xiita à época) nos anos 1990: a esquerda que a direita gosta. O PSOL tem que se libertar da síndrome de Caim e Abel com relação ao seu coirmão.
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