Durantes as investigações que levaram o ex-secretário de Saúde do governador Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes, à prisão, a Polícia Federal interceptou uma troca de e-mails entre ele e Miguel Iskin, empresário acusado de pagar propina em troca de contratos na área da Saúde, que dizia “nossas putarias têm que continuar”. Côrtes e Iskin se defenderam alegando que a expressão se referia a assunto de foro íntimo. Como se tratasse de prostituição, uma combinação com garotas de programa ou mesmo de um bacanal. O advogado do ex-secretário solicitou esvaziar a sala de audiência para melhor explicar, em razão da presença na corte da mulher de Côrtes. O juiz Bretas, que é bem melhor do que Moro, determinou, então, que o esclarecimento das tais putarias fosse feito por escrito. Assim ficaremos sabendo, afinal, a que gênero de putarias se referem, sua mulher também, bem como o grau de admissibilidade de seus inúmeros atos corruptos em sua delação, que terá de incriminar, mais ainda, o guloso Cabral.