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QUAL O PROBLEMA?

Sinto vontade de ter alguém pra chamar de meu sim, e daí? Qual o problema em me confessar daqui? Vai dizer que sou carente, desesperada? Inocente, você não sabe de nada!
 
Carente eu seria se mantivesse um relacionamento falido por me sentir vazia. Seria sim desesperada se eu precisasse estar, a qualquer custo, acompanhada. Quem consegue ficar sozinha seis anos só o faz porque preferiu isso do que estar com alguém de quem  não gosta. Ou você pensa que essa gente que entra num namoro após o outro, às vezes sem intervalo no meio, está sempre apaixonada? Tá nada! Essa gente sim é desesperada. Pulando de braço em braço atrás de abraços que as façam esquecer o quanto elas não se amam. O quanto se enganam.
 
Ou você acha que, se eu estivesse desesperada, estaria sozinha? Já disse muitos nãos pra outros para poder dizer sim pra mim. A gente não se apaixona assim, toda hora, só porque quer, ou porque outro alguém nos quer. O buraco é mais embaixo. E eu acho que assumir um querer não é se desmerecer, se expor, se mostrar frágil. Frágil eu seria se quisesse fingir, mentir, inventar um personagem autossuficiente. Eu não sou e acredito sinceramente que ninguém seja. E minha verdadeira fortaleza é assumir meus defeitos, problemas, minhas fraquezas. Isso tudo também faz parte da minha beleza. É o que sou.
 
Se agora estou sozinha, é porque preferi ficar na minha do que ser acompanhada de quem não me cabe, até o dia em que essa convicção acabe e apareça alguém por quem valha a pena deixar de ser só. Mas ó: sós todos nós somos, porque só estamos acompanhados 24 horas de nós mesmos. Por isso, não é à esmo na vida de ninguém ficar um tempo solteiro. Porque apenas sem ninguém do lado pra gente poder se escutar, se entender, se amar por inteiro. Para aí sim, estar pronto para acompanhar outro alguém por completo, e construir um amor verdadeiro. Porque alimentar um amor-bengala é perda de tempo. Esse tipo de amor eu dispenso.

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Antonio Carlos Gaio
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