Quando você não encontra quem mais espera, mesmo não sabendo de quem se tratava, ou mesmo a que assunto em especial se referia. Pisa forte no chão e anda rápido para apressar a passagem do tempo e não pensar unicamente em como as coisas não vão indo bem. Ignora se deve continuar pensando grande, a revelar fé em seus passos futuros, ou se ater a seu tamanho, embaraçando resignação e humildade na mesma malha. Se uma implica em avançar, não importa a resistência em contrário, enquanto a outra em recuar, se o avanço se mostrar inconsistente, realizado em bases que se desmancham com facilidade. Mas como agir sem andar às cegas? Se não tem certeza de onde pisar e escolher seu próprio caminho? Se lhe falta um mínimo de informação. Um ponto fraco a ser atacado. Não para conquistar e preponderar, pois não está a se falar de uma estratégia de guerra. E sim de um terreno fértil onde se possa lançar sementes para que outros aproveitem e cresçam, absorvendo seus frutos. Mas como? Se pairam dúvidas sobre esses frutos ou se novas ideias são combatidas antes mesmo de serem testadas. Adere-se preferencialmente às fake news, à falta de conteúdo, à mentira repetida milhares de vezes. O combate, portanto, é no plano do pensamento, onde os espíritos mais se manifestam, seja para soprar uma alternativa enriquecedora ou amenizar sua provação, seja para interferir aqui na Terra e pô-lo à prova quanto ao seu autocontrole e capacidade de equilibrar os pratos na balança, tal como se exige da Justiça dos homens. Por conta desse confronto sempre presente no desenrolar da encarnação, tende-se a concluir que as coisas não vão indo bem, até que a luz inunde seu espaço limitado e restrinja a obscuridade ao lugar-comum dos ratos. Caso contrário, não tem alternativa a não ser seguir seu caminho ao invés de se lamentar. Sendo original e não amargo. Pensando em novas facetas e perspectivas que se agregarão ao Todo, a exemplo da inserção dos vitrais em rosáceas nas catedrais francesas de estilo gótico, permitindo que entrasse a luz do sol considerada de Deus, que quebraram o estilo românico das igrejas, fechado, frio e obscuro. Contando nos vitrais a história do cristianismo através de imagens para um povo que não sabia ler nem escrever. Uma mudança completa de perspectiva, paradigma que toda encarnação nos obriga a enfrentar.