O importante não é ser honesto, é parecer honesto. A verdade ninguém sabe qual é, mas a mentira está escarrada na cara de inquiridos e a encenação na dos inquisidores. Choca-nos a dramaturgia da corrupção, sobra capacidade em ocultar perversidades, revestem-se de espertezas, afinal de contas, a investigação do roubo é também uma arte. Disfarçam uma conciliação para não aflorar o deboche de quando cometeram o delito. Fazem o “V” de vitória quando saem ilesos e se escondem debaixo da manta com medo da opinião pública.