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QUE FUZILARIA

Parece que já se passou muito tempo desde que FHC desfrutou do Aerolula para assistir ao funeral do Papa: “O governo Lula parece um peru bêbado em véspera de Carnaval”. Diante da onda de denúncias de corrupção, foi longe a comemoração pelo fim da ética como carro-chefe do PT. Agora são elas por elas. O jogo ficou empatado.
Depois de certa idade, não cabe mais brincar com peru, falta credibilidade; confunde Carnaval com Natal. Quem arrota champanhe não entende do riscado, a alusão a cachaceiro demonstra a falta de intimidade com o métier – tomando fogo paulista por Hebe Camargo.
FHC está indignado com a operação anti-CPI e a soberba de Lula em afirmar que não está com medo. Como é do seu inteiro conhecimento, dar um basta no pão-de-ló e no cafuné para quem quiser jogar contra o governo. Acabar com essa conversa de verba e de obra. Casamento entre parceiros é pra roer o osso, no ônus e no bônus.
FHC prenuncia uma crise institucional no país com o processo de sertanização que atravessa Brasília com Severino pleiteando aquele cargo da Petrobras que fura poço.
O que ensejou ao comandante Genoino chamá-lo na chincha como fariseu, despeitado, irresponsável, invejoso, demagogo, preconceituoso, elitista e arrogante. Como bom cearense, falou aos brios de nordestinos para lembrar-lhes que financiam aposentadorias polpudas de certos intelectuais que destilam preconceitos contra o povo mantido na exclusão por governos que se esmeraram em perpetuar as condições de atraso e de pobreza do Brasil.
Genoino acusou-o de pretender antecipar a disputa eleitoral de 2006, para São Paulo permanecer no poder, com Alckmin, que já engavetou 44 CPI’s e não tem mãos para segurar pivetes e assassinos pondo fogo em reformatórios. Só falta pregar o retorno à luta armada.
De mau exemplo em mau exemplo, os menores de idade serão, em breve, maioria na população carcerária.

Antonio Carlos Gaio:
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