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QUEIMA DE ARQUIVO

Lá chegando, qual deverá ser a sensação do tenente-coronel reformado Paulo Malhães ao tomar conhecimento que encontrou seu fim pelas próprias mãos de seus colegas no ofício de torturar, matar e ocultar os corpos de vítimas da repressão? Vilmente asfixiado por seus companheiros, que deviam estar com medo de que ele viesse a falar mais, depois de ratificar o funcionamento do centro de torturas clandestino montado pela ditadura militar em Petrópolis e também revelar o destino do corpo do ex-deputado Rubens Paiva. Será que continuará insistindo em não se arrepender da afirmação de ter valido a pena torturar, assassinar e sumir com os corpos de tantos esquerdistas? Para quem o executou, ainda vale a pena apagar quem der com a língua nos dentes. Os dois computadores roubados de Malhães em seu sítio confirmam a versão da queima de arquivo. Deve ter desagradado a muitos colegas de farda. A impressão que fica é que até agora não puseram fim aos métodos que a ditadura militar empregava a torto e a direito. Ainda não viraram essa página da História por força do ressentimento que ainda alimentam da classe política. Ou dos políticos que querem colocá-los no banco dos réus. O que causou estranheza é que Malhães sempre foi muito reservado e nunca comentou sobre as barbaridades que cometeu durante a ditadura. Por que será que resolveu abrir a boca?

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Antonio Carlos Gaio
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