A julgar pelo rastro do vandalismo no Leblon e Ipanema, estão em voga duas teses de quem está por trás dos baderneiros, afastadas as hipóteses não absurdas de arapongas infiltrados, seja de que lado for: contra ou a favor do político atacado. Ou são pivetes e bandidinhos sem vergonha associados a playboys do gênero skinhead e ao Black Bloc, mascarados com mochilas forradas de armamento adequado ao tipo de enfrentamento, todos ao melhor estilo fascista, com os primeiros voltados para colher os despojos na guerra através do saque, enquanto os segundos no quebra-quebra irmanam-se no propósito de fazer os manifestantes de otários. A prosseguir assim. Ou, então, o governador Sérgio Cabral deixou correr frouxo e não pôs a tropa de choque atrás dos baderneiros para jogar a burguesia do Leblon contra os lobos e esvaziar as manifestações, que estão sendo implacáveis com ele. Para provocar medo e virar a opinião pública a seu favor em manobra sinistra, maquiavélica e diabólica, coerente com o perfil da maior parte da classe política.