Proféticas palavras do goleiro Bruno. Típica de homem abjeto, metido a valentão e machista, que denigre a honra de mulher morta para atenuar a culpa no cartório, capaz de passar adiante um bebê de 4 meses de mão em mão – das mais inescrupulosas – e obstruir o trabalho da polícia com a estratégia ordinária de usar um menor como laranja de delitos praticados por adultos. Meses antes de seu desaparecimento, Eliza Samudio já reproduzia ameaças proféticas do goleiro Bruno em imagens gravadas, depois de sequestrada, agredida e submetida a cárcere privado para ingerir remédios abortivos, com um revólver apontado pra sua cabeça: “Se eu te matar e jogar em qualquer lugar, eles não vão descobrir que fui eu! Eu sou pior do que você pensa! Eu sou frio e calculista. Espera a poeira assentar que eu venho atrás de você. Você não vai ter esse filho porque eu não quero”. Quando bastava um teste de paternidade e o pagamento da pensão, conforme reza a lei. Lá se vai seu rico dinheiro com advogados, por estar enrolado até o pescoço. Por que tamanho destino foi reservado a essa criança? Mais cedo ou mais tarde, o pai vai ter que se ver com o filho. O Bruno pai, rejeitado em sua infância, nega o Bruno filho, no auge de sua glória como goleiro do Flamengo.