Dilma ganha com seu 39º ministro (Micro e Pequena Empresa) o apoio à sua reeleição do PSD de Kassab, aliado do Serra. O PT perde com o seu pragmatismo para atender a propósitos eleitoreiros e se manter no poder, através de relações promíscuas com os mesmos partidos fisiológicos que já apoiaram o governo FHC. O governador paulista Alckmin só perde. Não pretende se indispor neste momento com o PSD, com o qual negocia o apoio à sua reeleição em 2014. Embora Alckmin tenha perdido seu ar contido ao afirmar que há legendas de mais no país e que trocam a oposição pelo governo. Em flagrante choque com a direção nacional do PSDB, que pugna por ampliar espaço para novos partidos, como o de Marina, a fim de formar uma frente ampla contra Dilma. Calado, Alckmin ainda teve que ouvir de Afif que São Paulo vive uma epidemia de insegurança, depois que assaltantes dispararam tiros contra o carro blindado de sua filha, levando seu neto para a escola, a um quilômetro do Palácio dos Bandeirantes. Perde São Paulo quando Afif propõe a adoção de tolerância zero ao crime organizado, pois significa pôr a Rota (polícia de extermínio) no encalço, política essa que já gerou retaliação dos bandidos. Ganha Dilma por calar Afif, o criador do impostômetro e um dos maiores críticos da alta carga tributária no Brasil. Perde o PSDB com o PT roubando seus fiéis aliados e perdendo espaço na Pauliceia, depois que Haddad infligiu ao Serra uma derrota humilhante. Ganha o PSD, que ratifica sua declaração de sem princípios: não é oposição nem situação. Perde a ética por Afif acumular os cargos de vice-governador de São Paulo e de ministro de Dilma, para dar meio expediente, meia semana ou meio mês em cada cidade, no exercício do cargo.
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