O Collor, como caçador de marajás em eleição consagradora, ser posto para fora do Palácio do Planalto, com aquela pose de Mussolini?
Luiz Eduardo Magalhães, filho do ACM, na presidência da Câmara, morrer surpreendentemente quando seu pai reinava como primeiro-ministro no governo de FHC como rainha da Inglaterra? Partindo o casco da embarcação que os aproximava do paraíso encantado do poder.
A locomotiva do Sérgio Motta descarrilhar e levar para o túmulo os segredos de uma avassaladora privatização que não gerou um crescimento na economia que justificasse o entusiasmo depositado?
O Lula vencer na quarta eleição consecutiva para presidente, quando já se julgava que a insistência e a perseverança era só o que restava na vida do operário?
O Zé Dirceu afundar que nem um titanic em fração de meses, depois de um percurso político que o fez sonhar em ocupar o mesmo lugar de Lula?
O caixa dois engolfar o PT e reduzir a pó o seu maior orgulho – a ética -, trazendo no seu embornal o mensalão e a compra de votos que conspurcaram a democracia tão maltratada pela ditadura militar que tanto combateu?
E ainda tem gente que nutre um pessimismo crônico quanto ao destino do Brasil, quando é tamanha a sua capacidade para se auto-renovar com “aqui se faz, aqui se paga”.