Não é de hoje que o deputado federal Jair Bolsonaro se elege com um comportamento à la Eurico Miranda dos bons tempos do Vasco. Explora na propaganda eleitoral suas saudades do regime militar, onde não havia democracia, mas, em compensação, a tortura comia solta. São 120.646 votos que coonestam sua agressão, em especial, a negros e gays, bem como suas declarações racistas e homofóbicas. Preta Gil o obrigará a pedir penico perante as barras do tribunal por haver chamado as mulheres negras de promíscuas e afirmado que Preta se originou de ambientes degradados com Gilberto Gil dando bitoquinha em homem. Não passa pela cabeça de Bolsonaro ter um filho gay, por se considerar um pai presente e, portanto, não correr esse risco. Vai pagar com a língua, capitão Bolsonaro! E os netos, ou mesmo bisnetos, quando o bisa estiver gagá? A fila anda! Sendo terminantemente contra o critério de cotas para ingressar na faculdade, Bolsonaro jamais permitirá que um cirurgião negro ponha suas mãos em doenças das quais, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos portadores. Jamais voará numa aeronave pilotada por um cotista com medo de que o avião caia no meio do oceano e desapareça. Não constitui surpresa o Congresso ter em suas fileiras um Bolsonaro, mas entristece o grau de racismo que ainda persiste na sociedade.